Quem convive com o diabetes sabe que deve estar atento não só a essa condição, mas também aos sinais e sintomas de outras complicações que podem surgir em decorrência da doença. Segundo as diretrizes mais recentes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), pacientes com diabetes do tipo 2 têm um risco de 1,5 à 3,6 vezes maior de mortalidade geral. Alguns estudos estimam uma redução da expectativa de vida de 4 a 8 anos, em comparação com pessoas sem diabetes^ix. 

Dentre as complicações vasculares mais comuns temos a retinopatia, a nefropatia, a neuropatia, a doença coronariana, a doença cerebrovascular e a doença arterial periférica. Além disso, a hipertensão arterial é até 2,4 vezes mais frequente nos pacientes com diabetes^ix.

As complicações cardiovasculares são as principais causas de morte desses pacientes, sendo responsáveis por aproximadamente metade dos óbitos por diabetes[1] e a causa da morte descrita em mais de dois terços dos atestados de óbitos de pessoas com diabetes maiores de 65 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)^ix.

As diretrizes mais recentes da SBD mostram que o risco de complicações em pacientes com diabetes é diretamente proporcional ao controle glicêmico, determinado através dos níveis do exame de hemoglobina glicada (HbA1c). Ou seja, a permanência de resultados elevados (maior que 7%) está relacionada com a prevalência de complicações^ix.

Por isso, o acompanhamento da hemoglobina glicada é considerado fundamental para os pacientes com diabetes. A manutenção da hemoglobina glicada abaixo de 7% contribui para uma redução significativa do surgimento e da progressão das complicações em pacientes com diabetes^ix.

O exame de hemoglobina glicada reflete os níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e não depende de nenhum preparo para ser realizado^ix, oferecendo um histórico do controle glicêmico do paciente durante aquele período. No Brasil, ele pode ser realizado através da coleta de apenas uma pequena gota de sangue, o que geralmente é feito no local do atendimento primário de saúde, como postos e unidades de pronto atendimento, sem necessidade do jejum^ix.